terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Sobre o Rosto da Misericórdia

"Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese. Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de Nazaré. O Pai, « rico em misericórdia » (Ef 2, 4), depois de ter revelado o seu nome a Moisés como « Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e fidelidade » (Ex 34, 6), não cessou de dar a conhecer, de vários modos e em muitos momentos da história, a sua natureza divina. Na « plenitude do tempo » (Gl 4, 4), quando tudo estava pronto segundo o seu plano de salvação, mandou o seu Filho, nascido da Virgem Maria, para nos revelar, de modo definitivo, o seu amor. Quem O vê, vê o Pai (cf. Jo 14, 9). Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa,[1] Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus.
Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.
Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai. Foi por isso que proclamei um Jubileu Extraordinário da Misericórdia como tempo favorável para a Igreja, a fim de se tornar mais forte e eficaz o testemunho dos crentes.
O Ano Santo abrir-se-á no dia 8 de Dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição. Esta festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história. Depois do pecado de Adão e Eva, Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor (cf. Ef 1, 4), para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem. Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa. Na festa da Imaculada Conceição, terei a alegria de abrir a Porta Santa. Será então uma Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança.
No domingo seguinte, o Terceiro Domingo de Advento, abrir-se-á a Porta Santa na Catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão. E em seguida será aberta a Porta Santa nas outras Basílicas Papais. Estabeleço que no mesmo domingo, em cada Igreja particular – na Catedral, que é a Igreja-Mãe para todos os fiéis, ou na Concatedral ou então numa Igreja de significado especial – se abra igualmente, durante todo o Ano Santo, uma Porta da Misericórdia. Por opção do Ordinário, a mesma poderá ser aberta também nos Santuários, meta de muitos peregrinos que frequentemente, nestes lugares sagrados, se sentem tocados no coração pela graça e encontram o caminho da conversão. Assim, cada Igreja particular estará diretamente envolvida na vivência deste Ano Santo como um momento extraordinário de graça e renovação espiritual. Portanto o Jubileu será celebrado, quer em Roma quer nas Igrejas particulares, como sinal visível da comunhão da Igreja inteira.

Escolhi a data de 8 de Dezembro, porque é cheia de significado na história recente da Igreja. Com efeito, abrirei a Porta Santa no cinquentenário da conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II. A Igreja sente a necessidade de manter vivo aquele acontecimento. Começava então, para ela, um percurso novo da sua história. Os Padres, reunidos no Concílio, tinham sentido forte, como um verdadeiro sopro do Espírito, a exigência de falar de Deus aos homens do seu tempo de modo mais compreensível. Derrubadas as muralhas que, por demasiado tempo, tinham encerrado a Igreja numa cidadela privilegiada, chegara o tempo de anunciar o Evangelho de maneira nova. Uma nova etapa na evangelização de sempre. Um novo compromisso para todos os cristãos de testemunharem, com mais entusiasmo e convicção, a sua fé. A Igreja sentia a responsabilidade de ser, no mundo, o sinal vivo do amor do Pai.

Voltam à mente aquelas palavras, cheias de significado, que São João XXIII pronunciou na abertura do Concílio para indicar a senda a seguir: « Nos nossos dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade. (…) A Igreja Católica, levantando por meio deste Concílio Ecumênico o facho da verdade religiosa, deseja mostrar-se mãe amorosa de todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos dela separados ».[2] E, no mesmo horizonte, havia de colocar-se o Beato Paulo VI, que assim falou na conclusão do Concílio: « Desejamos notar que a religião do nosso Concílio foi, antes de mais, a caridade. (...) Aquela antiga história do bom samaritano foi exemplo e norma segundo os quais se orientou o nosso Concílio. (…) Uma corrente de interesse e admiração saiu do Concílio sobre o mundo atual. Rejeitaram-se os erros, como a própria caridade e verdade exigiam, mas os homens, salvaguardado sempre o preceito do respeito e do amor, foram apenas advertidos do erro. Assim se fez, para que, em vez de diagnósticos desalentadores, se dessem remédios cheios de esperança; para que o Concílio falasse ao mundo atual não com presságios funestos mas com mensagens de esperança e palavras de confiança. Não só respeitou mas também honrou os valores humanos, apoiou todas as suas iniciativas e, depois de os purificar, aprovou todos os seus esforços. (…) Uma outra coisa, julgamos digna de consideração. Toda esta riqueza doutrinal orienta-se apenas a isto: servir o homem, em todas as circunstâncias da sua vida, em todas as suas fraquezas, em todas as suas necessidades ».[3]"

Período do Ano da Misericórdia

3. Quando começa e quando termina este Ano Santo?

O Ano Santo começa no dia 8 de dezembro de 2015, com a celebração dos 50 anos do final do Concílio Vaticano II, e termina na festa de Cristo Rei, em 20 de novembro de 2016, o último dia do ano litúrgico.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Ano Santo da Misericórdia

2. Por que este Ano Santo é o da misericórdia?

O Papa quis que o tema fosse a misericórdia para nos unir mais ao rosto de Cristo, no qual se reflete a misericórdia do Pai, que é “rico em misericórdia” (MV 1). A misericórdia é superior à justiça. Deus é justo, mas vai muito além da justiça, com sua misericórdia e seu perdão. E é isso que podemos vivenciar neste Ano Santo.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Programa Ano da Misericórdia



Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora

As DGAE: 2015 – 2019

 Recentemente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE), para o quadriênio 2015-2019, que devem nortear os Planos de Pastoral de todas as Dioceses brasileiras para esse período.
Acerca das Diretrizes vale aprofundarmo-nos alguns pontos, ainda que numa visão geral e breve.







1) O que são diretrizes?
Segundo o documento 102, as “Diretrizes” são um farol a iluminar o caminhar da Igreja nos vários contextos das inúmeras dioceses brasileiras. As Diretrizes existem na Igreja do Brasil desde 1975, quando a CNBB passou a indicar linhas (eixos) fundamentais que norteariam os Planos de Pastoral das diversas (arqui) dioceses brasileiras. Naquela época, elas ainda eram chamadas de “Diretrizes Gerais da Ação Pastoral” (DGAP). Somente em 1995, a CNBB, percebendo que a expressão “Evangelização” era mais ampla que “Pastoral”, optou pelas “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil” (DGAE).
A partir da de Aparecida, que resgatou a essência evangelizadora e missionária da Igreja latino-americana e passou a chamar-nos de discípulos missionários, as DGAE 2011-2015 definiram os cinco desafios da Evangelização, denominados também de “urgências”, quais sejam: 1. ‘Igreja em estado permanente de missão’; 2. ‘Igreja: casa da iniciação à vida Cristã’; 3. ‘Igreja: lugar de animação Bíblica da vida e da pastoral’; 4. ‘Igreja: comunidade de comunidades’; e 5. ‘Igreja a serviço da vida plena para todos’.
– As Diretrizes 2015-2019
Em 2015, a CNBB decidiu não elaborar novas diretrizes para o quadriênio 2015-2019, mas atualizar os cinco desafios/urgências adotadas em 2011, à luz de dois importantes documentos escritos pelo Papa Francisco, a Exortação “Evangelii Gaudium”, e a Bula “Misericordiae Vultus” e à luz do magistério da Igreja no Brasil e das próprias experiências pastorais realizadas nas diversas Dioceses brasileiras.
Historicamente, as DGAE sempre trazem dois elementos de fundamental importância para a organização dos Planos de Pastoral. O primeiro deles é a existência de um Objetivo Geral, que é como uma síntese das Diretrizes. O Objetivo Geral aprovado para 2015-2019 é: EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo. O segundo elemento, sempre explicitado logo no início das DGAE, é a centralidade Cristológica da Igreja, que deve estar presente nas diretrizes e nos respectivos Planos de Pastoral. O fundamento de toda DGAE é a pessoa de Jesus Cristo e o Reino que Ele anunciou.
A ordem dada por Jesus a seus discípulos, continua sendo dada à Igreja. “Ide a todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Portanto, a eclesiologia das DGAE e de todo Plano de Pastoral é se constituir em uma Igreja ‘em saída’, isto é, sempre pronta a levar Jesus a todos os lugares. Padre José Comblin lembrou que: “O cristão do século XXI, antes de tudo, deve ser um místico”. O desafio da ação pastoral exige uma conversão pessoal e comunitária para discernir os apelos de Deus na realidade. Exige tomarmos consciência que somos cristãos em função do e para o Reino e não para satisfazer nossas vontades. Jesus Cristo nos vocacionou para sermos os construtores do reino, mas ele, independentemente de nós, acontecerá, pois “se as pessoas não falarem, as pedras falarão” (Lc 19,40).
A Conferência de Aparecida (2007) destacou que o lugar privilegiado para o encontro com a pessoa de Jesus é a comunidade. Por meio do contato com a Palavra de Deus, com os Sacramentos e na vivência comunitária, os cristãos assumem o seguinte – a Jesus Cristo; por isso, a Conferência de Aparecida os chamou de “Discípulos Missionários”.

No que as DGAE 2015-2019 são diferentes das anteriores? Dentre as principais mudanças nas DGAE estão a reorganização das cinco urgências na ação Evangelizadora (indicadas no capítulo III do documento) e novas proposições para as propostas de ações, as quais, por sua vez, correspondem a cada uma das urgências evangelizadoras que o documento denominou de “Perspectivas de Ação” (indicadas no capítulo IV do documento).

O que é a Assembleia Paroquial de Pastoral?

       A Assembleia Paroquial de Pastoral é a reunião dos Coordenadores, agentes de pastoral e representantes das comunidades, com seus pastores.
       É um momento forte e de muita importância para a caminhada paroquial. Sua missão é celebrar os frutos da Ação Evangelizadora na Paróquia, bem como avaliar a caminhada feita e lançar luzes para o futuro. Planejar as principais atividades da Paróquia a partir de uma avaliação séria da caminhada.
Uma Assembleia Paroquial é o lugar mais indicado para ouvirmos os gritos de nossas lideranças, traduzi-los em necessidades para serem ações concretas. Estas têm como meta a formação e dinamização de nossa Igreja enquanto rede de comunidades missionárias.
       O pároco é quem estabelece os critérios de participação. O mais comum é a participação de dois ou três membros de cada comunidade, pastoral, ministério, movimento e grupo de serviço. É indispensável que todas as forças vivas da Paróquia estejam presentes nas discussões e encaminhamentos, a fim de que aconteça a comunhão de todos para o bom êxito da ação evangelizadora.
       É bom que cada participante reflita com sua comunidade, sua pastoral, movimento quais foram os pontos positivos e negativos na ação pastoral e evangelizadora da Paróquia.


        Pressupostos:
Ao reunirem-se é importante ter presente:
A Pastoral atualiza a prática evangelizadora de Jesus.
A Pastoral é serviço. A Igreja é uma comunidade de servidores.
Espírito Santo é o principal agente. 
O nome disso é Espiritualidade Pastoral.
       O que caracteriza uma Assembleia Paroquial de Pastoral?
É um momento de integração e comunhão.
A Assembleia é expressão da “Pastoral de Conjunto”.
É ação orgânica harmonizada, planejada, integrada, coordenada e objetivada do “Povo de Deus”.
       Assembleia, para quê?
Para: Avaliar e Planejar
       Alguns VERBOS não podem faltar numa Assembleia Paroquial de Pastoral:
ANALISAR as ações pastorais.
REFLETIR sobre os desafios da realidade (Análise de Conjuntura).
VIABILIZAR a execução das Diretrizes Pastorais (da Prelazia, da Paróquia, da comunidade).
AGILIZAR o calendário pastoral da paróquia (e das comunidades).
       Alguns ADJETIVOS dão um bom tempero a uma Assembleia Paroquial de Pastoral. Ela tem que ser:
ABRANGENTE (todos os paroquianos têm que ser “tocados” de alguma maneira).
SOLÍCITA (e atenta) (tem que ouvir todas as “vozes”, considerar os vários “segmentos” e deixar-se comover com os apelos e as carências.
CORAJOSA (tratar todas as questões que carecem de atenção).
CONTUNDENTE (tem que mexer nas estruturas pastorais). As que já caducaram; as que estagnaram e as obsoletas.
ANIMADORA (tem que reaquecer os agentes e trazer ânimo novo para a paróquia).
ALVISSAREIRA (tem que apresentar “boas-novas”. Trazer propostas novas e “arejar” as cabeças).
É indispensável...

 PREPARAR a Assembleia;
CRIAR “clima” de Assembleia;
REZAR pela Assembleia;
PÔR EM PRÁTICA as decisões da Assembleia.

1. O que é um Ano Santo ou Jubileu Extraordinário?

Na tradição católica, o Jubileu é o ano que a Igreja proclama para que as pessoas se convertam em seu interior e se reconciliem com Deus, por meio da penitência, da oração, da caridade, dos sacramentos e da peregrinação, “porque a vida é uma peregrinação e o homem é um peregrino” (MV 14). Em todos os anos santos é possível ganhar indulgências, graças especiais que a Igreja concede e que podem ser aplicadas à remissão dos próprios pecados e suas penas, ou também aos defuntos que estão no purgatório. O lema deste Ano Santo é “Misericordiosos como o Pai”, e a principal intercessora do Jubileu é Nossa Senhora de Guadalupe, Mãe de misericórdia. A cada 25 anos, a Igreja celebra um Ano Santo Ordinário. O próximo será em 2025. Fora dos anos santos ordinários, a celebração do Ano Santo é “extraordinária”.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Fim de semana sacramental em nossa paróquia

O “já” e o “ainda não”
Por Frei José Romão da Silva,MsS
                Advento, tempo de espera, vigilância, preparação, escuta e esperança.
           
 

Neste tempo oportuno e santo nos colocamos como comunidade orante e vigilante. É oportuno por que é um tempo em que Deus nos chama para uma mudança de vida. É santo, pois cumpre-se a promessa: o Messias vem! Neste ínterim, a comunidade paroquial posta sob a proteção de Nossa Senhora do Rocio vive esse tempo do já e do ainda não. O “já” quando com muita alegria e entusiasmo, por meio da espiritualidade própria de cada sacramento, nos reunimos nestes dias para experimentarmos a misericórdia divina na Confissão, confirmar a fé pelo Crisma, nutrir-se do “pão” do céu pela iniciação eucarística e formar a mais bela sociedade que é a família pelo vínculo do santo matrimônio. Assim foram estes últimos dias para todos nós.

 

Ao término do ano, tudo vai naturalmente convergindo para o centro da vida daqueles que creem, para nosso Senhor Jesus Cristo. A fim de viver a centralidade da fé cristã muitos buscaram caminhos, aproximaram-se pelo conhecimento das coisas do céu, por meio da catequese e do banquete eucarístico. Para tanto, fizeram a experiência do amor misericordioso, no sacramento da confissão, quase cinquenta crianças.

Para animar a vida da comunidade, outros quase cinquenta jovens confirmaram sua fé por meio do crisma, revigorando a força jovem da Igreja. Todos esses sacramentos se deram porque como outrora também estes dias casais buscaram a união indissolúvel por meio do matrimônio. Assim o “já” é uma realidade sacramental enquanto nos preparamos pelo “ainda não” do advento para a grande festa do acolhimento redentor do Natal. O “já” dos sacramentos e o “ainda não” do tempo litúrgico nos envolvem numa realidade existencial celebrativa fazendo-nos participar desse mistério de fé. A atualização do amor de Deus por nós em dias de tantas crises, conflitos, inverdades, incoerências, medos, angústias, desilusões... eis que desponta para nós o Sol da justiça que é nossa estabilidade, verdade suprema, segurança inabalável, alegria eterna, esperança constante... Alegrai-vos e exultai, eis que vem o dia do Sol sem ocaso, da Luz que não se apaga, eis que vem o dia do Senhor. Um santo e profícuo tempo do advento, tempo da espera e acontecimento, tempo de Deus.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Primeira Eucaristia, comunhão com Deus e a Igreja, capela Santa Rita

No dia 29.11, reuniram-se na Capela Santa Rita, as capelas São Gabriel, Santa Luzia e a anfitriã para a Missa da Iniciação Eucarística de 11 adolescentes. Momento de graça e alegria.



 

Rezamos por todos os que colaboraram e se dedicaram para esta celebração, em especial: ao Frei Antoniel,MsS, nosso pároco, postulantes Cláudio e Lukas, aos Ministros e Coroinhas, aos Catequistas e aos Músicos.
Agradecemos a vocês, queridos pais, que durante esses dois anos depositaram sua confiança na nossa comunidade e em nossas catequistas. A Primeira Comunhão que os filhos de vocês receberam hoje é apenas o início de uma amizade com Jesus para toda a vida. Esperamos que vocês, pais, continuem esse trabalho dos catequistas, comprometendo-se com a educação cristã de seus filhos, trazendo-os sempre à missa, instruindo-os na fé e na caridade.
Agradecemos especialmente às crianças! Seres tão pequenos e frágeis, porém, capazes de nos ensinar muito e de transformar nossas vidas. Quem pode ficar indiferente diante da força de seu carinho, de sua ternura, de sua inocência!? Somos melhores com vocês e por vocês! Parabéns pela Primeira Eucaristia! Rezamos para que, ajudados por seus pais, vocês cresçam na vida de fé e deem sempre o exemplo de verdadeiros cristãos, frequentando a Santa Missa, servindo a Deus e aos irmãos!

APRESENTAÇÃO E POSSE DO NOVO CEP

O QUE É O CEP?
Cân. 537 - Em cada paróquia, haja o conselho econômico, que se rege pelo direito universal e pelas normas dadas pelo Bispo diocesano; nele os fiéis, escolhidos de acordo com essas normas, ajudem o pároco na administração dos bens da paróquia, salva a prescrição do cân. 532.*
Tem por finalidade, ajudar o Pároco ou Administrador Paroquial na administração da Paróquia, manutenção e conservação dos bens e do patrimônio.
Nas Missas do dia 05 e 06.12 o novo CEP foi apresentado ao Bispo diocesano e empossado pelo pároco, respectivamente.

Posse do novo CEP. Termo de Compromisso junto à Igreja


  
  

-         Caros filhos, com alegria que os acolho para, pela propagação do Evangelho, me assessorarem em tudo aquilo que diz respeito à administração de nossa paróquia Nossa Senhora do Rocio. Vossos trabalhos devem ser frutos do encontro pessoal com Jesus. Por isso, eu pergunto:

v Vocês estão dispostos a servir a Igreja na diaconia de membros do Conselho Econômico Paroquial zelando pelos nossos bens, acompanhando bem de perto a organização de toda festa e promoção paroquiais, orientando e auxiliando nossas capelas quando necessário?

-         Estamos! 

Oração da bênção (impõe as mãos e, em seguida, asperge)

Pai todo-poderoso, que no Éden deu ao homem
a missão de zelar pela obra da criação
e que, pelo seu Filho, ao administrador fiel
prometeu confiar a administração de todos os seus bens,
olhai com bondade os vossos filhos,
que recebem esta missão da administração
para que se tornem conformes à imagem do vosso Filho Servidor
e possam merecer, ao termo feliz do curso de suas vidas,
ser acolhidos na alegria da vossa casa.

                     P.N.S.J.C

R/.  Amém. 

Oração (todos)

 "Senhor, diante ações de sua Santa Igreja, devo ter consciência de minhas responsabilidades como membro desse Conselho para o qual fui chamado. Reconheço minhas limitações, mas, humildemente, junto com meus irmãos de missão e sob a orientação de nosso pároco, busco o consenso para alcançar a solução e tornar o trabalho menos penoso e mais produtivo. Senhor, despido do egoísmo, quero crescer, fazendo crescer, também, os que me cercam e que são a razão de minha escolha para esse serviço. Senhor, administre o meu coração para que ele siga o caminho do bem, pois, a mim caberá realizar obras sadias para tornar vossa Igreja cada vez melhor e mais humana."

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Abertura da Porta do Ano Santo da Misericórdia


Campanha da Evangelização 2015

COLETA A SER ENTREGUE NAS MISSAS DE 12 E 13 DE DEZEMBRO DE 2015
ENVELOPES NA IGREJA MATRIZ

A Campanha para a Evangelização associa a Encarnação do Verbo e o nascimento de Jesus Cristo com a missão permanente da Igreja que é evangelizar. Inicia-se na festa de Cristo Rei, e encerra-se no terceiro domingo do Advento, quando deve ser realizada nas comunidades a Coleta para a Evangelização.
Durante a Campanha deste ano, ocorrerá a abertura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. É desejo do Papa Francisco que a Igreja anuncie a misericórdia, caminho que une Deus e os homens, e nutre a esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.
As comunidades são chamadas a prepararem as pessoas para contemplarem o rosto misericordioso de Deus, manifesto na ternura do Filho que Maria Santíssima apresenta a todos, e acolherem os valores que Ele nos anuncia.

A Coleta para a Evangelização

O gesto concreto de colaboração dos discípulos e das discípulas missionários(as) na Coleta para a Evangelização será partilhado, solidariamente, entre as Dioceses, os 18 Regionais da CNBB e a CNBB nacional, visando à execução de suas atividades evangelizadoras.
Mais informações no link abaixo!
http://campanhas.cnbb.org.br/campanha/evangelizacao2015
Dia 13 de dezembro – Coleta para a Evangelização
A Campanha para a Evangelização segue o exemplo das primeiras comunidades, às quais Paulo recomendava que os que têm se enriqueçam de boas obras, deem com prodigalidade e repartam com os demais (cf. 2Cor 8 e 9).

sábado, 5 de dezembro de 2015

Abertura da Porta


13 de dezembro de 2015 – Ano Santo da Misericórdia – Abertura da porta santa na Matriz do Rocio na Missa das 9h!



sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Advento: tempo de preparação para o Natal - CPAE em 02.12.15

Advento é uma palavra latina que significa aproximar-se, vir chegando aos poucos. Durante as quatro semanas do Advento a gente se prepara para o Natal. No Advento ouvimos as vozes sempre atuais dos profetas bíblicos, anunciando a vinda do Messias. Também ouvimos a voz de João Batista e do próprio Jesus anunciando a proximidade do Reino de Deus. 
Tempo do Advento é próprio do Ocidente. Foi instituído para que os fiéis se preparassem para a celebração do Natal, mas em pouco tempo adquiriu também um significado escatológico: de fato, recorda a dupla vinda do Senhor, isto é, a vinda entre os homens e a vinda no final dos tempos. 
O Advento é tempo de alegre expectativa. O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado. 
Origem do Advento 
Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha tinha caráter ascético com jejum abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecúmenos para o batismo na festa da Epifania. Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor. Só após a reforma litúrgica é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. 
Teologia do Advento 
O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Jesus que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15). O Advento recorda também o Deus da revelação, Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos. O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da missionariedade de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus. 
Espiritualidade do advento 
Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Maranatha"! Vem Senhor Jesus! 
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (1Tm 1,1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições. 

O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, "lutando até o sangue" contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.