Neste dia 02 de fevereiro dom Agenor Girardi,MSC, nosso bispo diocesano presidirá a Missa de encerramento do Ano da Vida Consagrada em nossa paróquia, na ocasião, celebra seu aniversário natalício junto aos religiosos e paroquianos. Abaixo temos algumas considerações do Papa Francisco sobre a Vida Religiosa
O Papa recebeu hoje, 01.02, cerca
de 5 mil consagrados e consagradas no Vaticano, na reta final do ano que a
Igreja lhes dedicou, apresentado três “pilares” para a sua vida, a “profecia,
proximidade e esperança”.
Francisco deixou de lado o discurso que tinha preparado e falou de
improviso aos participantes no Jubileu da Vida Consagrada, durante um encontro
que durou cerca de uma hora, sublinhando a importância da “proximidade”.
“Homens e mulheres consagradas, não para afastar-me das pessoas e ter
todas as comodidades, não: para aproximar-me e compreender a vida dos cristãos
e dos não-cristãos, os sofrimentos, os problemas e tantas coisas, tantas coisas
que apenas se entendem se um homem ou uma mulher consagrada se tornar próximo,
na proximidade”, advertiu.
O Papa sublinhou que esta forma de vida na Igreja Católica não serve
para subir na “escala social”, não é “um status de vida” que faz olhar os
outros de longe.
“A vida consagrada deve levar à proximidade com as pessoas, proximidade
física, espiritual”, insistiu.
Nesse sentido, Francisco assinalou que cada irmão da comunidade
religiosa é “o primeiro próximo”, advertindo depois contra o “terrorismo” da
maledicência, a que contrapôs a virtude de “dominar a língua”.
A intervenção começou por elogiar a “profecia da obediência”, um dos
três votos dos consagrados, uma obediência que não é do estilo “militar”, mas
de “doação do coração”.
“A profecia é dizer que há algo mais - de mais verdadeiro, maior, melhor
- a que todos somos chamados”, explicou.
O Papa alertou depois “contra a semente da anarquia que o diabo semeia”
e afirmou que “a anarquia da vontade é filha do demônio”.
O pontífice argentino centrou-se depois no tema da esperança, sobretudo
do ponto de vista da crise de vocações: “Contra a desesperança que nos provoca
esta esterilidade, devemos rezar mais”.
“Confesso-vos que me custa muito quando vejo a queda das vocações,
quando tenho de receber os bispos e pergunto quantos seminaristas têm. ‘Quatro,
cinco’. Quando vós, nas vossas comunidades religiosas, masculinas ou femininas,
têm um noviço, uma noviça, duas, e a comunidade envelhece, envelhece,
envelhece”, admitiu.
Face a esta situação, no entanto, o Papa pede que se continuem a
discernir “bem” as vocações dos candidatos à Vida Consagrada.
“É preciso receber com seriedade”, realçou.
Francisco observou em seguida que existe o perigo de “apegar-se ao
dinheiro”.
“A esperança está apenas no Senhor”, defendeu.
Na reta final do Ano da Vida Consagrada, o Papa agradeceu a todos os
membros destes institutos, elogiando em particular o compromisso das mulheres
“nos hospitais, nas paróquias, nos bairros, nas missões”.
“O que seria da Igreja se não fossem as irmãs?”, perguntou.
Francisco homenageou ainda os “santos” que “queimaram a sua vida” em
favor dos outros.
“Que o Senhor faça nascer filhos e filhas nas vossas congregações.
E rezai por mim. Obrigado”, concluiu.
O encontro foi introduzido pelo prefeito da Congregação para os
Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (Santa Sé), o
cardeal brasileiro D. João Braz de Aviz, agradeceu ao Papa pela sua
“proximidade” e disse que este ano foi de redescoberta da “esperança”.
O Ano da Vida Consagrada começou a 29 de novembro de 2014 por iniciativa
do próprio Francisco, primeiro Papa jesuíta da história da Igreja, para
celebrar com toda a Igreja o “dom” desta vocação e “reavivar” a sua “missão
profética”, e conclui-se esta terça-feira, festa litúrgica da Apresentação de
Jesus.
Os membros das congregações religiosas fazem a profissão pública dos
conselhos evangélicos, assumidos por votos ou outros vínculos, vivendo em
comunidade.