sábado, 27 de janeiro de 2018

Inscrições da Catequese Infantil e Adultos

Com alegria e satisfação que informamos que nos dias 03 e 10 de fevereiro, sábado, das 9 às 12h e das 14 às 17h estarão abertas as inscrições para a Catequese de Crianças e Adultos na Paróquia Nossa Senhora do Rocio! As inscrições também continuarão no dia 11 de fevereiro (domingo), das 9 às 12h. Aqueles que já nos acompanham nos ano passado deverão fazer sua rematrícula.
 Para a realização das inscrições e rematrículas é necessário:
 - Cópia da Certidão de Nascimento ou RG;
- Cópia da Certidão de Batismo, se houver;
- Pagar a inscrição ou rematrícula no valor de R$ 30,00 (incluindo livro, álbum).
- Para crianças, cujos pais são dizimistas ativos ao menos a dois anos, conforme constatação na ficha, terão isenção na inscrição de R$ 10,00.

   
 Os encontros de Catequese oferecidos pela paróquia têm como objetivo colaborar na formação religiosa da criança, no seu desenvolvimento espiritual, no amadurecimento da fé e na compreensão da história cristã. Durante os encontros, as crianças são estimuladas à prática diária da oração, sua adesão ao projeto de amor de Deus, ao encontro pessoal com Jesus, principalmente, através da Sagrada Escritura, motivados à ação missionário-eclesial e a se manterem na graça
Venha participar conosco! Traga as crianças para a Catequese e você vai ver o quanto é maravilhoso despertar nelas o amor a Jesus, a Sua Palavra e a Sua Igreja!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

ALGORITMO NA EVANGELIZAÇÃO

Dom Edson Oriolo(bispo auxiliar de Belo Horizonte, escreve em várias revistas e periódicos sobre Pastoral Urbana, Paróquias, Gestão Eclesial e Pastoral do dizimo)



Resultado de imagem para dom edson orioloDesde quando cheguei a Belo Horizonte, com a missão de ser bispo auxiliar, antecipadamente conheci o arcebispo dom Walmor de Azevedo e logo comecei a me integrar no processo de evangelização da Arquidiocese. Não tinha o hábito de participação e presença em reuniões. Por ser uma arquidiocese de metrópole, complexa e com imensos desafios, fui introduzido em inúmeras reuniões que agora fazem parte do meu cotidiano.
Nessas reuniões semanais, com a presença assídua do arcebispo, como grande gestor, que integra as dimensões espiritual e humana no processo de evangelização, conduzindo as reuniões, aprendi três grandes máximas: a) “processos e passos”, b) “gráficos, fluxogramas e siglas” e c) “descrições narrativas” de como, à luz do magistério ordinário e extraordinário, evangelizar na capital das Minas Gerais.
Foi a partir destes insights que comecei a perceber uma maneira inovadora de evangelização bem definida, capaz de atingir todas as regiões episcopais, foranias, pastorais, movimentos e instituições da Arquidiocese. Perspectivas de sairmos do velho esquema institucional de evangelização para novos modelos de modo bem decidido.
Se quisermos entender esse processo de evangelização na Arquidiocese de Belo Horizonte, na gestão do arcebispo dom Walmor Oliveira de Azevedo, precisamos aprofundar o conhecimento sobre algoritmo. Uma metodologia totalmente inovadora que vem acontecendo no lançar as sementes do Verbo, na Arquidiocese da capital mineira. Propostas eclesiológicas da Igreja apresentadas pelo Arcebispo.
Não se trata apenas de um conceito da computação. No dia a dia, usamos o algoritmo. Quando acessamos um site, e-mail ou nos relacionamos nas redes sociais, usamos algoritmo. Fazer uma compra online, comprar uma passagem, renovar uma vaga no estacionamento, isso tudo existe por causa dos algoritmos. Tomar banho, seguir uma receita de bolo, trocar um pneu do carro, atender um telefone são algoritmos.
José Manzano, especialista em algoritmo, diz que “algoritmos são conjuntos de passos finitos e organizados que, quando executamos, resolvem determinado problema”.
Algoritmos são passos, procedimentos, processos necessários para a resolução de uma tarefa. Ele não responde à pergunta “o que fazer”, mas sim, “como fazer”. Tem um grande papel nas escolhas. São instruções que devem ser seguidas para resolver um problema ou executar uma tarefa. Usamos algoritmo a todo o momento, quando envolvemos pessoas para chegar a um fim. É um tipo de rotina que devemos executar.
Para evangelizarmos na contemporaneidade de maneira que tenhamos passos finitos e organizados, à luz do mandato missionário de Jesus Cristo, é necessário definir bem os “processos e passos da evangelização”, “ter uma representação esquemática da instituição e dos processos” e “uma narrativa bem descritiva de como operacionalizar todo processo de evangelização”:
a) Processos e passos: Na evangelização tudo gira em torno de Processos e Passos. Para anunciar a boa-nova temos que ter os passos e processos bem definidos. Tudo o que fizermos deve ser executado dentro de uma ordenação e sequência lógica. Nada devemos fazer de maneira aleatória. Os processos e passos devem ter padrões e regras a serem seguidas. O planejamento se faz necessário para solucionar os problemas.
b) Gráficos, fluxogramas e siglas: Sabendo que o foco é anunciar Jesus Cristo, podemos ilustrar os passos a serem seguidos com gráficos, fluxogramas e siglas. Essa representação esquemática de um processo, por meio de símbolos gráficos, para descrever passo a passo a natureza e o fluxo desse processo, evidenciará a sequência operacional que caracteriza o trabalho que está sendo executado.
c) Descrição narrativa. Acontece quando usamos uma linguagem natural para especificar os passos e soluções das tarefas. Nessa dimensão, a Arquidiocese vem colocando nas mãos de todos - ministros ordenados e não ordenados- os caminhos de como agir na construção do Reino, em sintonia com os documentos sobre liturgia, administração, dízimos e outros.
Com esses três passos percebemos a evolução no processo de evangelizar uma metrópole de maneira inovadora.

sábado, 6 de janeiro de 2018

Entenda o que é a Solenidade da Epifania do Senhor


epifania do senhor

 A Epifania do Senhor é a festa que comemora a manifestação de Jesus Cristo como Messias – Filho de Deus e Salvador do mundo. É o acolhimento da Boa Nova da Salvação no mistério da Encarnação. Esta primeira manifestação se dá aos e reis magos que, guiados por uma estrela, chegam a Belém, e ao ver o Menino com Maria, sua Mãe, ajoelham-se diante dele e o adoram. Mago, quer dizer sábio, talvez foram os primeiros a estudar astronomia no mundo, por isso viram o surgimento de uma estrela diferente e se colocaram a caminho para encontrar o que ela indicava.
São Beda – O venerável, monge beneditino que viveu entre 673 a 735, escreveu sobre os reis do oriente que vieram a Belém adorar o Menino Deus. Estes reis vieram de lugares diferentes e se encontram buscando um mesmo sentido para o surgimento de uma luz diferente no céu. Melquior, cujo nome quer dizer “meu Rei é luz”, veio de Ur na Caldéia, é ele quem oferece o ouro. Gaspar, cujo nome quer dizer “aquele que vai confirmar”, veio do mar Cáspio, é ele quem oferece o incenso. Baltasar, cujo nome quer dizer “Deus manifesta o Rei”, veio do Golfo Pérsico, é ele quem oferece a mirra.
Nos magos do oriente está o ser humano que, na luz da estrela, vai até Cristo para adorá-lo em sua humanidade. Os três reis representam as raças e os povos de todo o mundo. Por isso, a Epifania recorda-nos que o único lugar onde podemos encontrar Deus nesta terra é na humanidade de Jesus. Jesus é o maior sinal de Deus para a vida do povo. Após encontrarem o Menino a estrela desapareceu, pois ela era apenas sinal de onde se encontrava a verdadeira luz que é Deus.
A Epifania é a manifestação de Jesus como Filho de Deus e Salvador do mundo. Desde o pecado de Adão e Eva, Deus toma a iniciativa e vem ao encontro da humanidade para se revelar como o Deus que salva. O Papa emérito Bento XVI diz que, por amor, Jesus fez-se história na nossa história.
Na vida de Jesus encontramos outras Epifanias que se destacam: A primeira foi sua manifestação aos Magos do Oriente na gruta de Belém. Também temos a Epifania no momento do Batismo, quando o Pai revela que Jesus é seu Filho amado (Mt 3,17). A Epifania no início de sua vida pública, nas bodas de Caná (Jo 2,1-11). E a Epifania na Cruz, quando o centurião romano diz: “verdadeiramente este era o Filho de Deus”(Mt 27,54).
A Liturgia da Festa da Epifania tem como tema a luz. Não há treva no mundo que resista a luz de Cristo. Os Reis Magos buscam a verdade com o coração revestido de humildade e, iluminados pelo Cristo, mudam suas atitudes, a direção de suas vidas. Nos presentes oferecidos ao Menino está o reconhecimento de quem realmente Ele é, e a missão que veio realizar entre os homens: O Ouro simboliza sua realeza; o incenso sua divindade e a mirra sua humanidade.
Os Reis Magos representam todos os povos e nações, chamados ao encontro com Deus, em Jesus Cristo. Pois Jesus não veio salvar somente um povo, um grupo religioso, mas ele nasce para salvar os homens e mulheres de todas as culturas e nações.
A festa da Epifania é a grande celebração da Salvação Universal de Deus. Os Reis Magos representam os homens de todos os tempos que desejam ir ao encontro de Cristo, e que são capazes de o ver e o acolher como o Deus que veio para trazer libertação para a vida de todo o povo, como reza o Salmo 72: “Os reis de Társis e das ilhas lhe trarão presentes, os reis da Arábia e de Sabá oferecer-lhe-ão seus dons. Todos os reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas as nações (Sl 72, 10-11)

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

ANO DO LEIGO




Mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial da Paz (1º de janeiro de 2018)


Mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial da Paz (1º de janeiro de 2018)
Boletim da Santa Sé 
Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz
1. Votos de paz
Paz a todas as pessoas e a todas as nações da terra! A paz, que os anjos anunciam aos pastores na noite de Natal,(1) é uma aspiração profunda de todas as pessoas e de todos os povos, sobretudo de quantos padecem mais duramente pela sua falta. Dentre estes, que trago presente nos meus pensamentos e na minha oração, quero recordar de novo os mais de 250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados. Estes últimos, como afirmou o meu amado predecessor Bento XVI, «são homens e mulheres, crianças, jovens e idosos que procuram um lugar onde viver em paz».(2) E, para o encontrar, muitos deles estão prontos a arriscar a vida numa viagem que se revela, em grande parte dos casos, longa e perigosa, a sujeitar-se a fadigas e sofrimentos, a enfrentar arames farpados e muros erguidos para os manter longe da meta.
Com espírito de misericórdia, abraçamos todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental.
Estamos cientes de que não basta abrir os nossos corações ao sofrimento dos outros. Há muito que fazer antes de os nossos irmãos e irmãs poderem voltar a viver em paz numa casa segura. Acolher o outro requer um compromisso concreto, uma corrente de apoios e beneficência, uma atenção vigilante e abrangente, a gestão responsável de novas situações complexas que às vezes se vêm juntar a outros problemas já existentes em grande número, bem como recursos que são sempre limitados. Praticando a virtude da prudência, os governantes saberão acolher, promover, proteger e integrar, estabelecendo medidas práticas, «nos limites consentidos pelo bem da própria comunidade retamente entendido, [para] lhes favorecer a integração»(3). Os governantes têm uma responsabilidade precisa para com as próprias comunidades, devendo assegurar os seus justos direitos e desenvolvimento harmónico, para não serem como o construtor insensato que fez mal os cálculos e não conseguiu completar a torre que começara a construir.(4)
2. Porque há tantos refugiados e migrantes?
Na mensagem para idêntica ocorrência no Grande Jubileu pelos 2000 anos do anúncio de paz dos anjos em Belém, São João Paulo II incluiu o número crescente de refugiados entre os efeitos de «uma sequência infinda e horrenda de guerras, conflitos, genocídios, “limpezas étnicas”»(5) que caraterizaram o século XX. E até agora, infelizmente, o novo século não registou uma verdadeira viragem: os conflitos armados e as outras formas de violência organizada continuam a provocar deslocações de populações no interior das fronteiras nacionais e para além delas.
Todavia as pessoas migram também por outras razões, sendo a primeira delas «o desejo de uma vida melhor, unido muitas vezes ao intento de deixar para trás o “desespero” de um futuro impossível de construir».(6) As pessoas partem para se juntar à própria família, para encontrar oportunidades de trabalho ou de instrução: quem não pode gozar destes direitos, não vive em paz. Além disso, como sublinhei na Encíclica Laudato si’, «é trágico o aumento de migrantes em fuga da miséria agravada pela degradação ambiental».(7)
A maioria migra seguindo um percurso legal, mas há quem tome outros caminhos, sobretudo por causa do desespero, quando a pátria não lhes oferece segurança nem oportunidades, e todas as vias legais parecem impraticáveis, bloqueadas ou demasiado lentas.
Em muitos países de destino, generalizou-se largamente uma retórica que enfatiza os riscos para a segurança nacional ou o peso do acolhimento dos recém-chegados, desprezando assim a dignidade humana que se deve reconhecer a todos, enquanto filhos e filhas de Deus. Quem fomenta o medo contra os migrantes, talvez com fins políticos, em vez de construir a paz, semeia violência, discriminação racial e xenofobia, que são fonte de grande preocupação para quantos têm a peito a tutela de todos os seres humanos.(8)
Todos os elementos à disposição da comunidade internacional indicam que as migrações globais continuarão a marcar o nosso futuro. Alguns consideram-nas uma ameaça. Eu, pelo contrário, convido-vos a vê-las com um olhar repleto de confiança, como oportunidade para construir um futuro de paz.
3. Com olhar contemplativo
A sabedoria da fé nutre este olhar, capaz de intuir que todos pertencemos «a uma só família, migrantes e populações locais que os recebem, e todos têm o mesmo direito de usufruir dos bens da terra, cujo destino é universal, como ensina a doutrina social da Igreja. Aqui encontram fundamento a solidariedade e a partilha».(9) Estas palavras propõem-nos a imagem da nova Jerusalém. O livro do profeta Isaías (cap. 60) e, em seguida, o Apocalipse (cap. 21) descrevem-na como uma cidade com as portas sempre abertas, para deixar entrar gente de todas as nações, que a admira e enche de riquezas. A paz é o soberano que a guia, e a justiça o princípio que governa a convivência dentro dela.
Precisamos de lançar, também sobre a cidade onde vivemos, este olhar contemplativo, «isto é, um olhar de fé que descubra Deus que habita nas suas casas, nas suas ruas, nas suas praças (…), promovendo a solidariedade, a fraternidade, o desejo de bem, de verdade, de justiça»,(1)0 por outras palavras, realizando a promessa da paz.
Detendo-se sobre os migrantes e os refugiados, este olhar saberá descobrir que eles não chegam de mãos vazias: trazem uma bagagem feita de coragem, capacidades, energias e aspirações, para além dos tesouros das suas culturas nativas, e deste modo enriquecem a vida das nações que os acolhem. Saberá vislumbrar também a criatividade, a tenacidade e o espírito de sacrifício de inúmeras pessoas, famílias e comunidades que, em todas as partes do mundo, abrem a porta e o coração a migrantes e refugiados, inclusive onde não abundam os recursos.
Este olhar contemplativo saberá, enfim, guiar o discernimento dos responsáveis governamentais, de modo a impelir as políticas de acolhimento até ao máximo dos «limites consentidos pelo bem da própria comunidade retamente entendido»,(11) isto é, tomando em consideração as exigências de todos os membros da única família humana e o bem de cada um deles.
Quem estiver animado por este olhar será capaz de reconhecer os rebentos de paz que já estão a despontar e cuidará do seu crescimento. Transformará assim em canteiros de paz as nossas cidades, frequentemente divididas e polarizadas por conflitos que se referem precisamente à presença de migrantes e refugiados.
4. Quatro pedras miliárias para a ação
Oferecer a requerentes de asilo, refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano uma possibilidade de encontrar aquela paz que andam à procura, exige uma estratégia que combine quatro ações: acolher, proteger, promover e integrar.(12)
«Acolher» faz apelo à exigência de ampliar as possibilidades de entrada legal, de não repelir refugiados e migrantes para lugares onde os aguardam perseguições e violências, e de equilibrar a preocupação pela segurança nacional com a tutela dos direitos humanos fundamentais. Recorda-nos a Sagrada Escritura: «Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos».(13)
«Proteger» lembra o dever de reconhecer e tutelar a dignidade inviolável daqueles que fogem dum perigo real em busca de asilo e segurança, de impedir a sua exploração. Penso de modo particular nas mulheres e nas crianças que se encontram em situações onde estão mais expostas aos riscos e aos abusos que chegam até ao ponto de as tornar escravas. Deus não discrimina: «O Senhor protege os que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva».(14)
«Promover» alude ao apoio para o desenvolvimento humano integral de migrantes e refugiados. Dentre os numerosos instrumentos que podem ajudar nesta tarefa, desejo sublinhar a importância de assegurar às crianças e aos jovens o acesso a todos os níveis de instrução: deste modo poderão não só cultivar e fazer frutificar as suas capacidades, mas estarão em melhores condições também para ir ao encontro dos outros, cultivando um espírito de diálogo e não de fechamento ou de conflito. A Bíblia ensina que Deus «ama o estrangeiro e dá-lhe pão e vestuário»; daí a exortação: «Amarás o estrangeiro, porque foste estrangeiro na terra do Egito».(15)
Por fim, «integrar» significa permitir que refugiados e migrantes participem plenamente na vida da sociedade que os acolhe, numa dinâmica de mútuo enriquecimento e fecunda colaboração na promoção do desenvolvimento humano integral das comunidades locais. «Portanto – como escreve São Paulo – já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus».(16)
5. Uma proposta para dois Pactos internacionais
Almejo do fundo do coração que seja este espírito a animar o processo que, no decurso de 2018, levará à definição e aprovação por parte das Nações Unidas de dois pactos globais: um para migrações seguras, ordenadas e regulares, outro referido aos refugiados. Enquanto acordos partilhados a nível global, estes pactos representarão um quadro de referência para propostas políticas e medidas práticas. Por isso, é importante que sejam inspirados por sentimentos de compaixão, clarividência e coragem, de modo a aproveitar todas as ocasiões para fazer avançar a construção da paz: só assim o necessário realismo da política internacional não se tornará uma capitulação ao cinismo e à globalização da indiferença.
De facto, o diálogo e a coordenação constituem uma necessidade e um dever próprio da comunidade internacional. Mais além das fronteiras nacionais, é possível também que países menos ricos possam acolher um número maior de refugiados ou acolhê-los melhor, se a cooperação internacional lhes disponibilizar os fundos necessários.
A Secção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral sugeriu 20 pontos de ação(17) como pistas concretas para a implementação dos supramencionados quatro verbos nas políticas públicas e também na conduta e ação das comunidades cristãs. Estas e outras contribuições pretendem expressar o interesse da Igreja Católica pelo processo que levará à adoção dos referidos pactos globais das Nações Unidas. Um tal interesse confirma uma vez mais a solicitude pastoral que nasceu com a Igreja e tem continuado em muitas das suas obras até aos nossos dias.
6. Em prol da nossa casa comum
Inspiram-nos as palavras de São João Paulo II: «Se o “sonho” de um mundo em paz é partilhado por tantas pessoas, se se valoriza o contributo dos migrantes e dos refugiados, a humanidade pode tornar-se sempre mais família de todos e a nossa terra uma real “casa comum”».(18) Ao longo da história, muitos acreditaram neste «sonho» e as suas realizações testemunham que não se trata duma utopia irrealizável.
Entre eles conta-se Santa Francisca Xavier Cabrini, cujo centenário do nascimento para o Céu ocorre em 2017. Hoje, dia 13 de novembro, muitas comunidades eclesiais celebram a sua memória. Esta pequena grande mulher, que consagrou a sua vida ao serviço dos migrantes tornando-se depois a sua Padroeira celeste, ensinou-nos como podemos acolher, proteger, promover e integrar estes nossos irmãos e irmãs. Pela sua intercessão, que o Senhor nos conceda a todos fazer a experiência de que «o fruto da justiça é semeado em paz por aqueles que praticam a paz».(19)
Vaticano, 13 de novembro de 2017
Memória de Santa Francisca Xavier Cabrini, Padroeira dos migrantes
FRANCISCO
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1 Cf. Evangelho de Lucas 2, 14.
2 Alocução do Angelus (15/I/2012).
3 João XXIII, Carta enc. Pacem in terris, 106.
4 Cf. Evangelho de Lucas 14, 28-30.
5 Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2000, 3.
6 Bento XVI, Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2013.
7 N.º 25.
8 Cf. Francisco, Discurso aos Diretores nacionais da Pastoral dos Migrantes, participantes no Encontro promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (22/IX/2017).
9 Bento XVI, Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2011.
10 Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 71.
11 João XXIII, Carta enc. Pacem in terris, 106.
12 Francisco, Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2018, (15/VIII/2017).
13 Carta aos Hebreus 13, 2.
14 Salmo 146, 9.
15 Livro do Deuteronómio 10, 18-19.
16 Carta aos Efésios 2, 19.
17 «20 Pontos de Ação Pastoral» e «20 Pontos de Ação para os Pactos Globais» (2017). Cf. também Documento ONU A/72/528.
18 Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2004, 6.
19 Carta de Tiago 3, 18.

PALAVRA DO PÁROCO

Caríssimos filhos, Jesus vive e é o Senhor para a glória de Deus Pai. Temos vivido neste tempo, o kairós de Deus, tempo de graça, tempo do Natal, como diz São João (1,14): O Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. Deus tomou forma de homem e habita no meio de nós, caminha conosco. E com ele queremos iniciar um novo tempo, pois no calendário civil iniciamos um novo ano. Cheio de novas esperanças e desejo que tudo possa ser melhor. De fato, quando estamos sintonizados tudo dará certo, não precisamos nos desesperar. Deus, de forma providente, quis que sua Igreja iniciasse o novo ano celebrando sua Mãe, assim, no dia primeiro, iniciamos o novo ano de 2018 sob o olhar da Theotókos, a Mãe de Deus. Contemplamos a cena dos pastores que visitam o presépio, o lugar onde estava o Menino. “Ali encontraram Maria, José e o recém-nascido deitado num cocho” (Lc 2,16). Estavam maravilhados! O evangelho continua: “Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do Menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo Anjo, antes de ser concebido” (21). A circuncisão é o momento em que o Menino entra para o povo de Deus. É herdeiro das promessas! Ainda nesta solenidade da Mãe de Deus, temos duas reflexões: o nome dado ao Menino – Jesus que significa, O Senhor é salvação, mostrando já sua missão e o rito da circuncisão pelo qual o homem entra no povo de Deus. O sangue do Menino une-se ao sangue da aliança. Jesus nasce de uma mulher, pois é ela quem dá a raça hebraica ao filho. Maria não criou Deus, mas o Filho que gerou é Deus, por isso, Mãe de Deus. Se não afirmarmos isso, afirmamos que Jesus não é Deus. Na solenidade da Mãe de Deus, celebro o primeiro aniversário de pároco da Mãe das Dores, no Limeira, para a glória de Deus Pai!
No domingo (07) a Igreja celebra a festa da Epifania do Senhor, a manifestação do Filho de Deus no corpo de Jesus Cristo, o momento de revelação de Jesus ao mundo. Esta celebração centra-se na adoração dos três Reis Magos ao Menino Jesus, um símbolo do reconhecimento de Cristo como salvador da humanidade.
Na última solenidade de Cristo Rei do Universo, a Igreja no Brasil, deu início ao ano do Leigo ou Laicato. Leigo aqui, não no sentido popular que conhecemos, ou seja, aquele que nada sabe, mas muito pelo contrário, LEIGO aqui é aquele que “sabe”, sabe o seu papel como batizado, sua missão na Igreja de Cristo, missão que é ministerial, ou seja, cada um com sua missão e seu ofício próprios. A vocação leiga é expressão de Cristo ao próximo, por meio do sacramento do Batismo, impulsionada pela graça do Espírito Santo. Nesse sentido, não se pode “fechar” os olhos, é preciso, antes, abri-los para enxergar os leigos como protagonistas da ação evangelizadora. É com eles que a Igreja parte para sua sublime missão de levar Jesus Cristo “a todos os povos”. Basta ouvir a voz da Igreja na Lumen Gentium, dizendo que o conjunto dos fiéis é chamado por Deus a contribuir, do interior, à maneira de fermento, para a santificação do mundo, por meio do cumprimento do próprio dever, guiados pelo espírito evangélico, chamados a ser sal da terra e luz no mundo!
Peço, humildemente, vossas orações no dia 17 quando celebro mais um ano de vida, e, em especial, dia 18, quando celebro 9 anos de Vida Religiosa, também para frei Cristóvão, no dia 25 que celebra seus dois anos, para a glória de Deus Pai.
Nesse mês o Papa Francisco convoca os membros do Apostolado da oração a rezarem pela evangelização: Minorias religiosas na Ásia. Para que, nos países asiáticos, os cristãos, bem como as outras minorias religiosas, possam viver a sua fé com toda a liberdade.
Aproveite bem este período de férias e descanso para rever algo na sua vida que precisa ser revisto. Planeje bem suas ações, porém não esqueça de dar prioridade para aquilo que é essencial, valorize as pessoas que estão por perto e saiba acolher as que estiverem longe. Neste ano do laicato quero com carinho valorizar todos aqueles que ao longo de sua vida desempenham bem sua missão sendo de fato sal da terra e luz do mundo.
Obrigado pelo sim e pela disposição de cada um em servir. Vamos trabalhar juntos para que tudo saia bem em nossos planejamentos e principalmente na nossa evangelização. Que a Senhora das Dores e do Rocio, a Mãe de Deus, interceda e rogue a Deus por todos vós!
Dia 31 fazem três anos que cheguei a União da Vitória, como vigário da Paróquia do Rocio, e vamos caminhando!
 Frei Antoniel,MsS

Pároco